Racismo, intolerância e violência ! Ao vivo e à cores
Trabalhar no centro de São Paulo é uma maravilha porque nunca há tédio ! Trocentas mil pessoas diferentes, Antonio Ermírio de Moraes caminhando calmamente, mendigos, putas, camelôs, travecos ... é uma festa. Só que hoje a coisa foi triste. Bem na hora do meu intervalo desci prá caminhar pela Praça Dom José Gaspar e bem ali a confusão entre camelôs e a Guarda Civil Metropolitana tinha começado. Ao tentar se soltar de um policial, um camelô deu uma cotovelada bem no nariz de um policial... então já viu, sangue prá todo lado e covardia generalizada : spray de pimenta, cinco brutamontes imobilizando o rapaz além de doses fartas de spray no povão (foi lindo, parecia que o cara tava jogando Bom Ar prá galera) que à essa altura gritava e reclamava da truculência.
Não tô aqui tomando partido de ninguém. Quem sou eu prá julgar se camelôs estão certos em trabalhar desse jeito ou não. O que eu sei é que a Prefeitura deveria estar se preocupando mais com os ônibus, que ao meu ver dimínuiram absurdamente, pois estão sempre lotados. Todo santo dia eu vejo os camelôs correndo e 10 minutos depois voltam pro mesmo local, ou seja, uma hipocrisia generalizada. A impressão que deu é que o o prefeito queria corrigir o mundo em um dia.
E eis que então ...
os policiais começaram a dispersar o povão e meio que empurrou um rapaz, negro, que respondeu : - Não encosta em mim !
Foi o suficiente. Esse policial chamou outros dois que não questionaram, não advertiram, nada de diálogo, já chegaram com spray nos olhos, cacetes, socos e pontapés.
Pelo que eu ouvi esse rapaz é segurança de uma loja próxima, estava bem vestido, não estava fazendo nada de mais, apenas não tinha olhos azuis nem era loiro.
Para não apanhar mais o rapaz teve que sair correndo, fugindo dos policiais e até tiros foram disparados.
E eu vi tudo a um metro de onde eu estava. E confesso que foi uma das coisas mais surreais, violentas e nojentas da minha vida. A gente ouve falar de racismo, de truculência e acha que isso não existe, que é frescura alheia mas sim, existe.
Fico pensando em como está esse rapaz agora à noite. Qual a motivação dele ir trabalhar amanhã ? De ser correto ? De ser decente ?
Como se defender ? Prá quem reclamar ? Como provar que não fez nada ?
Ter que engolir calado e com dores as injustiças sofridas.
Esse é mundo muito nojento de se viver às vezes.
Good vibes prá ele.
Não tô aqui tomando partido de ninguém. Quem sou eu prá julgar se camelôs estão certos em trabalhar desse jeito ou não. O que eu sei é que a Prefeitura deveria estar se preocupando mais com os ônibus, que ao meu ver dimínuiram absurdamente, pois estão sempre lotados. Todo santo dia eu vejo os camelôs correndo e 10 minutos depois voltam pro mesmo local, ou seja, uma hipocrisia generalizada. A impressão que deu é que o o prefeito queria corrigir o mundo em um dia.
E eis que então ...
os policiais começaram a dispersar o povão e meio que empurrou um rapaz, negro, que respondeu : - Não encosta em mim !
Foi o suficiente. Esse policial chamou outros dois que não questionaram, não advertiram, nada de diálogo, já chegaram com spray nos olhos, cacetes, socos e pontapés.
Pelo que eu ouvi esse rapaz é segurança de uma loja próxima, estava bem vestido, não estava fazendo nada de mais, apenas não tinha olhos azuis nem era loiro.
Para não apanhar mais o rapaz teve que sair correndo, fugindo dos policiais e até tiros foram disparados.
E eu vi tudo a um metro de onde eu estava. E confesso que foi uma das coisas mais surreais, violentas e nojentas da minha vida. A gente ouve falar de racismo, de truculência e acha que isso não existe, que é frescura alheia mas sim, existe.
Fico pensando em como está esse rapaz agora à noite. Qual a motivação dele ir trabalhar amanhã ? De ser correto ? De ser decente ?
Como se defender ? Prá quem reclamar ? Como provar que não fez nada ?
Ter que engolir calado e com dores as injustiças sofridas.
Esse é mundo muito nojento de se viver às vezes.
Good vibes prá ele.
0 Comentários:
Postar um comentário
<< Home