domingo, maio 28, 2006

Velharias

Madeleine Peyroux

Sou movido a música e meus ouvidos prestam atenção a tudo e ultimamente tenho reparado que nada se cria, tudo se copia, se recicla e restaura. Observei, por exemplo, que as músicas de abertura das novelas das sete e das oito, são músicas originalmente gravadas em 1980 e 1983 por Elis e Caetano, respectivamente. Vinte anos se passaram e ainda se usam as mesmas músicas. No caso de Belíssima, foi feito um convite pro Chico Buarque compor uma música nova, especialmente prá novela, o que não foi feito à tempo. Ou seja, o deja-vu é grande e a sensação de que não há nada de novo no front assusta.
Marisa Monte gravando sambas antigos, Marcelo D2 fazendo misturebas indigestas pseudo-modernas, Djavan remixando antigos sucessos. É triste.
Folheando o segundo volume desse ótimo livro "A canção no Tempo" vi, abismado, que músicas cantadas pelos Mutantes no recente show de Londres são muito antigas, tudo bem que eles não gravaram nada novo nos últimos anos mas todo mundo adora coisa velha, testada, aprovada.
Acho que com tanta informação, mídia impressa, internet, tempo real - no afã de acompanhar o que acontece, ficamos muitas vezes saciados indo no que já nos é conhecido.
O novo assusta.
Eu adoro música velha mas procuro equilibrar, sem medo de ser feliz, ouvindo o que de novo aparece.
Descobri, por exemplo, uma cantora que há tempos não me deixava tão extasiado : Madeleine Peyroux
Altamente recomendada !








2 Comentários:

At 10:22 AM, Anonymous Anônimo said...

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At 5:30 PM, Anonymous Anônimo said...

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