Ignácio de Loyola Brandão

Fã que é fã tem que pagar mico e sem medo de passar vergonha. Foi assim :
Eu descobri que esse maravilhos escritor morava em Pinheiros porque na padaria que eu frequento, colaram uma crônica que ele fez pro Estadão mencionando o lugar. E qual não foi minha surpresa ao vê-lo saindo de um prédio ... na minha rua. Sei que ele é editor da Vogue, que fica na Av. Brasil, próximo daqui - portando deduzi que ele vai a pé pro trabalho.
Então, numa belo dia, olhando pela janela, o vi esperando o sinal abrir. Correi e peguei uma caneta e "O homem que odiava a segunda-feira" e desci prá pegar autógrafo, mas o elevador demorou e não consegui.
Então, outro dia estava entrando na tal padoca e o vi saindo - daí não teve jeito : gaguejei, fui cara de pau mas falei com ele, disse o quanto era fã desde "Zero", "Não verás país nenhum", "O verde violentou o muro" e falei que tinha em casa, nem sei como, o primeiro livro dele, autografado prá outra pessoa, o "Depois do sol". Ele ficou todo animado e comentou que o livro estava sendo revisado e que seu editor estava enlouquecido procurando esse livro porque ele próprio não o tinha. Havia uma semana que ele tinha encontrado num sebo o tal livro. Ou seja, por um triz não ajudo a literatura nacional ... foi por pouco.
Ah sim, Ignácio é uma simpatia. Um senhor doce e educado.